quinta-feira, 22 de abril de 2010

A volta.


E o poeta se cala. Por um longo período.
Sente-se vazio. Como um livro cheio de páginas em branco.
Sente-se traído pela poesia que escreveu um dia.
E que hoje o faz sofrer. Porque já não diz mais a verdade.

Então ele cai.
Se afasta.
Fecha o livro.
Rasga os papéis.

E depois desse período de reclusão interior, ele resurge.
O que será da vida daqui pra frente? Ele não sabe.
Tristezas? Alegrias? Amores ou ilusão?
Hoje ele só tem um livro. Vazio.
Um livro que será escrito aos poucos.
Agora ele pede licença, pois a primeira linha o espera.